quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Dieta equilibrada assegura saúde da mãe e do bebê.

Com a gravidez em evidência, aumentam dicas de alimentação, mas alguns cuidados são fundamentais para garantir a saúde do bebê.
Em uma época em que a gravidez parece ter virado moda no mundo dos famosos, as preocupações das futuras mamães, principalmente as de primeira viagem, sobre os riscos desse período tão especial vêm à tona. Qual a importância, tanto para a mãe quanto para o bebê, de uma alimentação de qualidade? O que consumir para que todas as necessidades alimentares sejam atendidas? Quais são as quantidades adequadas? Quais alimentos devem ser evitados?
Constantemente diversos mitos relacionados a alimentação durante a gravidez são abordados na mídia, porém é preciso cautela para escolher a dieta correta e não prejudicar o desenvolvimento do feto.
O consumo de calorias, vitaminas e minerais deve ser maior entre as mulheres grávidas. Para que o peso não ultrapasse a normalidade, o acréscimo de energia deve ser de apenas 300 Kcal diárias (na média), o que corresponde a dois copos de leite desnatado. “Durante a gestação é preciso encontrar um equilíbrio.
Alimentos que são fontes de açúcar, bem como óleos e gorduras, devem ser ingeridos moderadamente. O excesso de sal e de alimentos indigestos como pepino, pimentão, melancia, pimenta, entre outros, devem ser evitados. Café e bebidas alcoólicas também não devem ser consumidos”, ressalta o médico nutrólogo.
Para que esse aumento de calorias seja atingido, a gestante deve fazer de seis a oito refeições por dia, dando preferência ao consumo de frutas, legumes e verduras. Um jejum prolongado favorece a formação de corpos cetônicos, as substâncias químicas produzidas pela decomposição das gorduras, quando constituem o único substrato energético da gestante e que pode causar efeitos deletérios para o feto.
No período de formação do bebê, o corpo da mãe utiliza uma parte de líquidos e energia oriundos da alimentação que ajudam no crescimento e na manutenção dos artifícios que protegem o feto, como a placenta e o líquido amniótico. A outra parte da energia fica retida em forma de gordura, localizando-se no abdômen, costas e coxas, sendo utilizada no decorrer da gravidez e do aleitamento. Porém, caso haja um exagero no consumo de calorias, a energia ficará armazenada como gordura localizada.

A importância da saúde bucal.

A saúde bucal reflete diretamente na saúde geral. Essa frase resume a importância dos dentes. Responsáveis pela mastigação dos alimentos, pela articulação de palavras e, principalmente, um fator determinante na estética, os dentes tornam-se estruturas primordiais para o organismo. No entanto, toda essa funcionalidade do órgão bucal pode ser comprometida se houver má posição dentária. Os dentes tortos ou mal posicionados podem provocar dificuldade para mastigar e engolir os alimentos, alterar a fala e dicção, favorecer a respiração pela boca e, conseqüentemente, gerar falta de saliva, além de serem mais suscetíveis às cáries e comprometerem a auto-estima (estética).
Desalinhados, os dentes apinhados (tortos) não trituram totalmente os alimentos, o que dificulta engolir e digerir. Também, o alimento pouco comprimido não desliza com naturalidade pela boca massageando as gengivas, isso resulta em gengivas sangrentas e hipertrofiadas (de volume aumentado). Os dentes mal posicionados provocam vários males como, por exemplo, a alteração da fonética, já que a má posição dentária interfere na posição da língua.
Um outro mal gerado pelos dentes tortos que também é muito apontado pelos dentista é a respiração bucal. A má posição dentária favorece a respiração pela boca. No entanto, essa anomalia além de fugir do padrão trás outros problemas como gengiva, língua e bochechas irritadas devido à falta de saliva (boca seca) e mau hálito. Respirar pela boca causa muitos danos à saúde, ou seja, aumenta o índice de cárie, acarreta irritação na gengiva, trás, com o tempo, mudanças no posicionamento da língua deglutição atípica, entre outros.
Hoje, além dos males a saúde, a má posição dentária compromete a estética. E, em uma sociedade moderna onde a busca pela beleza perfeita é essencial, a auto-estima pode ser afetada pelos famosos dentes encavalados . Entretanto, é uma anomalia que pode ser corrigida. Existem diferentes técnicas que levam a resultados satisfatórios, que vão desde o tratamento ortodôntico (uso de aparelhos móveis ou fixos) até cirurgias de correção chamadas de ortognática, que reposiciona os maxilares.
A má oclusão dental é resultado de vários fatores, tais como herança genética onde a criança herda o tamanho dos dentes do pai (grandes) e o tamanho dos maxilares da mãe (pequeno), favorecendo a má oclusão pelo pouco espaço nos ossos para os dentes grandes. A presença de hábitos bucais também são fatores determinantes, como, por exemplo, chupar o dedo, empurrar a língua entre os dentes, entre outros.
Existem inúmeras causas para os dentes tortos. Todavia, o importante é saber a causa e proceder com o tratamento adequado.

Diabetes

Há dois tipos de diabete melito: -Diabete do tipo 1(diabete insulino-dependente):A doença decorre da incapacidade do organismo de produzir insulina.
Assim a glicose absorvida no sitema digestório passa paa o sangue,mas não consegue entrar nas células,pois é necessária insulina para permitir essa entrada.O distúrbio
deixa as células sem alimento,embora ele exista em grande concentração no sangue.Os principais sintomas são:
-Sede intensa;
-Produção de muita urina(graças à grande quantidade de líquido ingerido);
-Muita fome(particularmente de coisas doces).
A diabete tipo1 manifesta-se geralmente na infância ou no início da adolescência.Se não for tratada pode provocar problemas circulatórios,visuais,renais e até estado de coma e morte.
Uma vez diagnosticada,ela pode ser controlada com injeções regulares de insulina e com dieta adequada,com restrição de açucar.

-Diabete do tipo2(diabetenão insulino-dependente):Manifesta-se em pessoas em geral acima dos 40 anos e deve-se à redução na capacidade de produzir insulina ou à perda de sensibilidade das células a esse hormônio.Adoença pode ser controlada com uma dieta adequada,pobre em carboídratos,e,se necessário,com uso de medicamentos por via oral.
Se diagnosticada no início e adequadamente tratada,a donça pode ser mantida sob controle,evitando-se que seja fatal.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Entenda a osteoporose

Embora a perda de massa óssea faça parte do processo natural de envelhecimento,pessoas cada vea mais jovens têm desenvolvido ossos frágeis.
Isso ocorre devido à queda de hormônios responsáveis por equilibrar a perda e ganho de massa óssea.
Quando está perda está entre 10 e 15%,chama-se osteopenia,que é o primeiro sinal da doença,para ser estabelecido como quadro de osteoporose,a diminuição da massa óssea precisa ser de 25%.
A osteoporose é uma doença que atinge os ossos. Caracteriza-se quando a quantidade de massa óssea diminui substancialmente e desenvolve ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, mais sujeitos a fraturas. Faz parte do processo normal de envelhecimento, e é mais comum em mulheres do que em homens. A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas antes que aconteça algo de maior gravidade, como uma fratura, que costuma ser espontânea, isto é, não relacionada a trauma. Se não forem feitos exames diagnósticos preventivos a osteoporose pode passar despercebida, até que tenha gravidade maior. A osteoporose pode ter sua evolução retardada por medidas preventivas.
A partir de 1991 devido o Consenso realizado por todas as Sociedades Americanas que tratam da osteoporose, elas passaram a informar que é fundamental a análise da qualidade óssea que expressa o estado de deterioração do colágeno ósseo. Quanto melhor for a qualidade óssea menor a chance de ter fratura.
A mudança na definição ocorreu porque as pesquisas verificaram que 100% das pacientes com Síndrome de Turner e que possuiam osteoporose, não fraturam. Ainda, os pesquisadores constataram que ao prescrever Fluoreto de Sódio para suas pacientes, os óssos ficavam mais densos e fraturavam com maior facilidade.
A partir dessas constatações os pesquisadores começaram a estudar mais profundamente o tecido ósseo e verificaram que o risco de desenvolver osteoporose e fratura está diretamente relacionado com as deteriorações do colágeno ósseo.
A partir de 2000, uma nova tecnologia com Inteligência Artificial dos Projetos da Robótica da Nasa permitiu determinar o local mais apropriado do organismo humano que permite estudar minuciosamente o tecido ósseo. Essa região é a das metáfises das falanges dos dedos II-V. Nela é possível avaliar oito parâmetros e não apenas um como quando o exame é realizado na coluna lombar, como vem sendo orientado há mais de 25 anos. Na atualidade, avaliar apenas a densidade óssea,nós estamos fazendo uma análise do tecido ósseo muito restrita.

Pontos fracos do esqueleto

  • Coluna vertebral - Pessoas idosas podem fraturar as vértebras da coluna com freqüência. A chamada corcunda de viúva é uma deformação comum e pode até levar à diminuição de tamanho do doente.É muito importante saber que a maioria das fraturas que ocorrem na coluna se situam na região torácica e não na região lombar como tem sido descrito pela maioria dos reumatologistas e ortopedistas. Vários pesquisadores americanos, entre eles Bonnick (1989) já tinham constatado esse fato. Após revisão dos trabalhos publicados nos últimos 15 anos, o Serviço Preventivo da Força Tarefa Americana a partir de 2002 passou a orientar a densitometria da coluna lombar apenas para as pacientes acima de 65 anos se não possuirem antecedente de fratura na família. Também informa que esse exame pode apresentar baixa reprodutibilidade (59,0%) em seus resultados quando são realizados anualmente. Por essa razão, recomendam que o exame não deve ser repetido na coluna lombar com intervalo menor do que 3 anos.
  • Punho - Por ser um ponto de apoio, é uma área na qual as fraturas acontecem normalmente. Os ossos sensíveis têm pouca estrutura para sustentar o peso do corpo quando cai.
  • Quadril / Anca - As fraturas de pelve são difíceis de cicatrizar e podem levar à invalidez. Estudos mostram que em torno de 50% dos que fraturam o quadril não conseguem mais andar sozinhos.
  • Fêmur - Também muito comum entre os que desenvolvem a doença. É freqüente tanto em homens quanto em mulheres, principalmente depois dos 65 anos. A recuperação costuma ser lenta.Em alguns casos de erros cirúrgicos, a pessoa deve exigir que o profissional faça um atendimento necessário ao paciente.
Sintomas

A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas. Se não forem feitos exames sanguíneos e de massa óssea, é percebida apenas quando surgem as primeiras fraturas, acompanhadas de dores agudas. A osteoporose pode, também, provocar deformidades e reduzir a estatura do doente.

Epidemiologia

Estima-se que mundialmente 1 em cada 3 mulheres e 1 em cada 5 homens acima da idade dos 50 tem osteoporose. Ela é responsável por milhões de fraturas anualmente, a maioria envolvendo vértebras lombares, quadril e punho.
Quem se encontra em maior risco de desenvolver a doença são:
Prevenção
  • Fazer exercícios físicos regularmente: os exercícios resistidos são os mais recomendados;
  • Dieta com alimentos ricos em cálcio (como leite e derivados), verduras (como brócolis e repolho), camarão, salmão e ostras.
  • A reposição hormonal de estrógeno em mulheres durante e após o climatério consegue evitar a osteoporose.
Reposição hormonal

A reposição hormonal é importante tanto durante a prevenção quanto durante o tratamento. O estrógeno reduz o risco de fraturas em mulheres com osteoporose.

Administração de cálcio

Para quem já tem a doença, o cálcio pode ser dado em dosagens de 1 mil a 1,5 mil miligramas por dia, com recomendação médica. Pode ser acompanhado por suplementos de vitamina D.
No entanto, é importante ter o conhecimento de que, no tecido ósseo o elemento cálcio exerce importante papel, porém, depende para a sua fixação do estado da matriz protéica(colágeno) que deve apresentar os estados definidos como; adequado ou limítrofe. Sem a presença de uma adequada ou limítrofe estrutura de sustentação óssea, formada por 95% por colágeno ósseo, o cálcio não se fixará de forma adequada e não poderá exercer a sua ação originando a matriz secundária. Por essa razão, devemos sempre precedendo a ministração do cálcio com a finalidade de tratar a osteoporose, verificar o estado que se encontra a matriz protéica: adequada, limítrofe, inadequada ou deteriorada. Apesar do elemento cálcio ser importante para o funcionamento de vários órgãos sistemas, e por essa razão, deve ser ingerido diariamente, no caso da osteoporose instalada, quadro referido como de uma matriz mesenquimal deteriorada, diante do estado final de deterioração do colágeno ósseo, o íon cálcio desempenha uma ação ineficiente, porque estando a matriz protéica deteriorada não haverá, na tripla hélice do colágeno, ligações bioquímicas livres para o íon cálcio se fixar.

Atividade Física

Atividade Física corretamente orientada (por um educador físico), também é usada como parte importante no tratamento e controle da osteoporose, podendo reduzir ou até, estabilizar a perda de massa óssea do indivíduo.

Prognóstico

Os pacientes com osteoporose têm grandes riscos de terem fraturas adicionais. O tratamento para a osteoporose pode reduzir consideravelmente o risco de fraturas no futuro.
As fraturas no quadril podem levar a uma dificuldade na movimentação e um risco aumentado de trombose venosa profunda ou embolismo pulmonar. As fraturas das vértebras podem levar a dor crônica severa de origem neurogênica, que pode ser difícil de ser controlada, assim como uma deformidade. A taxa de mortalidade em um ano que segue a fratura de quadril é de aproximadamente 20%. Embora raras, as fraturas múltiplas de vértebras podem levar a uma cifose severa (corcunda) que a pressão resultante nos órgãos internos pode incapacitar a pessoa de respirar adequadamente.
Embora os pacientes com osteoporose tenham uma alta taxa de mortalidade devido às complicações da fratura, a maioria dos pacientes morre "com" a doença ao invés de morrer "da" doença.
Não levar uma vida sedentária, tomar sol que ajuda na reposição de vitamina D.

Fobia:que medo é esse!!!


A fobia é caracterizada por uma série de transtornos que geram ansiedade, por situações ou objetos bem definidos, não perigosos aos olhos dos outros. Essas situações ou objetos são caracteristicamente evitados ou suportados com extremo sofrimento. A pessoa sabe que o objeto da fobia não justifica tanto medo, mas é acometida por ele assim mesmo. "A pessoa reconhece que o seu medo é excessivo ou irracional", consta no DSM-3R. "O medo, ou o comportamento de evitamento, interfere significativamente na rotina normal da pessoa, nas suas atividades e em suas relações sociais com os outros" explica o manual, que acrescenta que os fóbicos sentem um sofrimento acentuado acerca do medo de que sofrem.
No ano de 1895, Sigmund Freud, o pai da Psicanálise, publicou o seu primeiro estudo sobre este tema, diferenciando a fobia da obsessão. De acordo com Freud, a grande diferença apontada entre as duas é que na fobia o afeto está presente através da angústia e do medo. Depois disso, muitos casos foram estudados pelo autor, como veremos adiante.

Tipos de Fobias

Existem muitos tipos de fobias. Ainda de acordo com o DSM-3R, as Fobias Simples, mais comuns na população geral, envolvem animais, particularmente cachorros, cobras, insetos e ratos. Não necessariamente, as pessoas acometidas deste medo irracional e incontrolável de animais procuram tratamento: é bastante comum vermos pessoas com um medo terrível de baratas, por exemplo, convivendo com isso ao longo de toda a sua vida, sem chegar a tomar a iniciativa de buscar um tratamento.
Outras Fobias Simples envolvem presenciar sangue ou ferimentos, espaços fechados (claustrofobia), alturas (acrofobia), e viagens aéreas. No entanto, apenas quando o comprometimento das pessoas é bastante evidente, e incapacitante, busca-se auxílio para sua resolução.
Há ainda outras fobias, como a
Síndrome do Pânico, a Agarafobia (lugares abertos) e a Fobia Social, estas sim, bem mais incapacitantes e que acabam realmente levando suas vítimas aos consultórios psicológicos e psiquiátricos.
Os sintomas variam de fobia para fobia, mas, de uma maneira geral, eles estão relacionados às angústias, medos e ansiedades, sendo comum, por exemplo, a sudorese e as palpitações.
Basicamente, as causas são psico-emocionais, sendo que suas explicações variam grandemente de acordo com a psiquiatria, medicina tradicional, ou as psicodinâmicas. Da mesma forma, os tratamentos também variam conforme a linha de compreensão adotada.
Algumas das fobias mais incapacitantes
Algumas fobias consensualmente tidas como mais incapacitantes e danosas estão relacionadas com os espaços abertos, as exposições sociais e o medo generalizado, ou seja, o pânico.
Agorafobia
Originalmente usada apenas para o medo de espaços abertos, atualmente esta definição significa ansiedade, medo de sair de casa ou de estar em situações nas quais a fuga ou o socorro imediato sejam difíceis (ex: multidões, lugares fechados - aviões, elevadores, cinemas -, distanciar-se de casa, transportes coletivos, túneis, pontes, lugares públicos em geral), no caso de algum acidente ou mal-estar. A pessoa passa a evitar tais situações devido ao medo ou ansiedade, o que freqüentemente faz com que fique confinada em seu próprio lar. De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais da American Psychiatric Association, o DSM-3R, são freqüentes sintomas físicos como falta de ar, tonturas, palpitações e taquicardias, náuseas, desmaios, etc.
Fobia Social
Forma excessiva de timidez que torna a pessoa incapacitada de realizar algo, logo é patológica. Freqüentemente começa na adolescência afetando igualmente homens e mulheres. É caracterizada por um medo excessivo de exposição, chegando até a evitação de situações sociais. Em outras palavras, é o medo patológico de comer, beber, tremer, enrubescer, falar, escrever, enfim, agir de forma criticável na presença de outras pessoas.
Há grande ansiedade antecipatória quando próximo do objeto em questão e ausência de sintomas ansiosos quando longe da situação fóbica. A fobia social pode ser do tipo mais restrita (ex: agir ou falar em público, encontrar com pessoas do sexo oposto) ou generalizada, quando envolve quase todas as situações sociais nas quais há a possibilidade de ser avaliado pelos outros. O segundo tipo é o mais comum. A evitação das situações que é marcante nos casos extremos pode resultar em isolamento social quase completo. Sintomas físicos como rubor, tremores nas mãos,
náuseas e urgência miccional podem ocorrer.
Síndrome do Pânico

A Síndrome ou Transtorno do Pânico é conhecida também no meio médico por ansiedade paroxística episódica. Ela tem uma incidência de cerca de 1 a 2 % da população, iniciando-se normalmente na adolescência ou no adulto jovem, além de ser mais comum em mulheres. "É freqüente a ocorrência de prolapso da válvula mitral em pacientes com transtorno de pânico. Algumas doenças físicas, como hipertireoidismo e feocromocitoma, podem se manifestar com ataques de pânico. Pacientes com TP podem desenvolver secundariamente quadros depressivos ou mesmo de dependência de drogas ou álcool", esclarece o Dr. Mário Rodrigues Louzã Neto, médico-psiquiatra.
Alguns dos sintomas físicos são: taquicardia, sudorese, falta de ar, tremor, fraqueza nas pernas, ondas de frio ou de calor, tontura, sensação de estranheza pelo ambiente, de que vai desmaiar, de que vai ter um infarto, de uma pressão na cabeça, de que vai enlouquecer, de que vai engasgar, assim como crises noturnas de acordar sobressaltado com o coração disparando e com sudorese intensa. Outros passam a ter pensamentos recorrentes de que poderiam ter doenças graves mesmo que todos os exames sejam normais. Um medo muito comum é o "medo de voltar a sentir medo". Muitas vezes o simples pensamento de entrar num avião ou passar ao lado de um abismo já desencadeia a crise.
Pode ocorrer das primeiras crises aparecerem subitamente, em situações normais e habituais. Na maioria das vezes a fobia de avião costuma vir sem motivo aparente, ou seja, a pessoa não passou por acidentes nem turbulências, ela simplesmente deixa de pegar aviões.
A síndrome é comum como reação a estresse e situações de difícil solução. Fisicamente, são freqüentes as alterações orgânicas provocadas por medicamentos, por doenças físicas, por abuso de bebidas alcoólicas e drogas. O mais comum é uma combinação de vários fatores. Vale esclarecer que a
síndrome do pânico não apresenta relação com a personalidade da pessoa, ou com sua bravura, como se pode imaginar. Ainda de acordo com o DSM -3R, "não se pode estabelecer que um fator orgânico iniciou e manteve a perturbação, por exemplo, Intoxicação por Anfetamina ou Cafeína, hipertireoidismo".
São comuns sintomas como depressão e pensamentos recorrentes, porém eles fazem parte da sintomatologia do pânico, não são outras doenças, como, aos olhos do leigo, pode parecer.

CÂNCER INFANTIL

A DINÂMICA DOS TUMORES DA INFÂNCIA

Diferente dos tumores que acomentem adultos, os tumores que surgem na infância seguem outra dinâmica, muito mais intrínseca ao organismo daquela criança ou adolescente. Câncer infantil corresponde a um grupo de doenças cujo ponto em comum é a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo, descreve o oncologista pediátrico Wellington Mendes, do Departamento de Pediatria do Centro de Tratamento e Pesquisa do Hospital do Câncer e do Conselho Científico da AB Câncer, de São Paulo. “Ainda são desconhecidas as causas da alteração genética que leva ao tumor na infância e na adolescência. O traço hereditário pode estar presente ou não. No retinoblastoma (tumor da retina), por exemplo, a alteração vem do pai e da mãe juntos.”
Os clássicos fatores associados ao maior risco de desenvolvimento de um câncer – tabagismo, alcoolismo, má alimentação, sedentarismo, exposição ao sol em excesso, entre outros – são válidos para maiores de 20 anos. Logo, prevenção é um desafio. A ênfase atual deve ser dada ao diagnóstico precoce e tratamento de qualidade.
Por outro lado, cada vez mais estudos têm demonstrado que o fator ambiental pode estar inserido no risco para câncer ainda na fase intra-uterina. O consumo de alguns medicamentos como antibióticos, o tipo de alimentação ou o vício de fumar do pai e/ou da mãe, podem gerar um defeito no genes do feto.
Do ponto de vista clínico, os tumores pediátricos apresentam menor período de latência, crescem rapidamente e são mais invasivos. A parte boa é que respondem melhor ao tratamento e são considerados de bom prognóstico. A melhor resposta aos métodos terapêuticos deve-se ao fato de que os tumores infanto-juvenis têm raiz embrionária e se constituem de células indiferenciadas.
Os locais mais comuns de aparecimento do câncer na infância são nas células sanguíneas, gânglios linfáticos, rins, abdome, retina e ossos. De acordo com o relatório do Inca, a leucemia é o tipo mais frequente, dentre essas, a Leucemia Linfóide Aguda (LLA) é de maior ocorrência em crianças na maioria das populações do mundo, com exceção do Japão, China e Zimbábue – onde a Leucemia Mielóide Aguda (LMA) é a mais frequente.
Entre os linfomas, o mais incidente na infância é o linfoma não Hodgkin. Os tumores do sistema nervoso, que predominam no sexo masculino, ocorrem principalmente em menores de 15 anos, com um pico na idade de 10 anos, e representam cerca de 20% dos tumores infantis. Os tumores ósseos atingem mais os adolescentes e o retinoblastoma é responsável por cerca de 2% dos tumores infantis.
A sobrevida média cumulativa em cinco anos (do câncer infantil em geral) é considerada razoavelmente boa nos EUA, onde a taxa chega a 77%. Na Europa, a sobrevida observada é semelhante a dos EUA, variando de 77% (no norte europeu) a 62% (no leste). O câncer pediátrico representa entre 0,5% e 3% de todas as neoplasias na maioria das populações. Em geral, a incidência total de tumores malignos infantis é maior no sexo masculino.

Transplante de Medula Óssea

Transplante de medula óssea é uma modalidade terapêutica que visa o tratamento da doença com uso de altas doses de quimioterapia associada ou não à radioterapia corporal total.
Existem três tipos de transplante: o alogênico, o autólogo e o singênico. No transplante alogênico, a medula óssea é retirada de um doador previamente selecionado por testes de histocompatibilidade, normalmente identificado entre os familiares ou em bancos de medula óssea. No transplante autólogo, a medula óssea ou as células tronco periféricas são retiradas do próprio paciente, armazenadas e reinfundidas após o regime de condicionamento. O transplante de medula óssea entre gêmeos univitelinos é denominado singênico. Mais recentemente, o transplante com células do cordão umbilical vêm sendo empregado em alguns centros para o tratamento de crianças e adultos jovens, principalmente portadoras de leucemias agudas. O objetivo é promover a introdução de novas células no organismo do receptor, gerando uma mistura celular e a seguir, como as células introduzidas são mais resistentes, elas passam a proliferar e destruir as células tumorais remanescentes no receptor. A indicação do transplante depende, em geral, da fase da doença em que os pacientes se encontram.
A realização do transplante consiste na retirada da medula óssea da crista ilíaca posterior (bacia) através de múltiplas aspirações por agulhas especiais para este procedimento ou pela retirada com máquinas de aférese das células tronco periféricas estimuladas. Estas células, após a infusão no receptor, vão circular na corrente sanguínea e por um mecanismo tropismo se alojam na medula óssea iniciando a reconstituição hematopoética do paciente.
Durante duas a três semanas após a infusão da medula óssea, o paciente permanece em aplasia (fase em que os leucócitos, glóbulos vermelhos e plaquetas permanecem baixos) enquanto não ocorre a implantação. A neutropenia severa (neutrófilos baixos) predispõe à infecções bacterianas, fúngicas, virais e protozoários. Após este período, os leucócitos começam a aparecer no sangue periférico, demonstrando a recuperação medular.
Milhares de transplantes de medula óssea foram realizados nos últimos quinze anos e a maior experiência se concentra nas leucemias linfoblásticas, mielóide aguda, mielóide crônica e anemia aplástica severa.