Hoje já se sabe que a obesidade é causada por uma complexa interação entre fatores genéticos e ambientais, sendo o meio ambiente  o fator principal de ativação ou inativação desses genes. Ou seja, você pode até ter propensão genética para desenvolver Diabetes ou Hipertensão, por exemplo, mas se seu estilo de vida for saudável, você pode até ter propensão genética para desenvolver Diabetes ou Hipertensão, por exemplo, mas se seu estilo de vida for saudável, você consegue dimiuir muito as chances de desenvolver estas doenças.
A obesidade geralmente ocorre em membros da mesma família, sugerindo a causa genética. Porém, familiares normalmente compartilham de hábitos de dieta e estilo de vida semelhantes, o que também contribui para a obesidade. Assim, fica difícil separar os fatores genéticos dos hábitos alimentares e do estilo de vida.
A globalização trouxe um estilo de vida pouco saudável aos países em desenvolvimento. As pessoas desses países aumentaram muito o consumo de bebidas adoçadas, óleos vegetais e alimentos de origem animal, se tornaram mais sedentárias e mais expostas a um maior nível de estresse físico e emocional. Todos eses fatores em conjunto exercem forte influência no desenvolvimento da obesidade, especialmente naqueles indíviduos que possuem propensão genética para a doença. Nesse sentido,  cada vez mais tem-se dado atenção ao impacto do meio ambiente no desenvolvimento das doenças metabólicas como obesidade, diabetes, câncer, hipertensão e doenças cardiovasculares.
Observa-se no Brasil, uma redução dos índices de desnutrição e um aumento da prevalência de obesidade, que vem acompanhada de doenças crônicas não transmissíveis como hipertensão. Uma pesquisa realizada em 2002 e 2003 também mostrou que os brasileiros aumentaram o consumo de açúcar e diminuiram as frutas e hortaliças da dieta.
Não podemos esquecer, ainda, que as indústrias têm aumentado cada vez mais o investimento em marketing, tornando as propagandas cada vez mais sofisticadas e atraentes, principalmente de alimentos voltados para as crianças. Muitas vezes, esses alimentos têm  baixo valor nutricional e vêm atrelados  a fatores que seduzem as crianças, como brinquedos e adesivos.
As intervenções de mudança no estilo de vida, aliando uma alimentação mais saudável à prática de atividade física e ao controle do estresse, compõem uma das condutas mais adotadas para a redução do peso corporal. Porém, não são raros os casos de pacientes que não respondem satisfatoriamente a essas intervenções.
Abaixo estão sugestões práticas para impulsionar a perda de peso. Junto com a reeducação alimentar orientada por um nutricionista,  o sucesso na redução do peso corporal será mais evidente.
  • Sempre que possível dê preferência aos alimentos orgânicos para minimizar a exposição a pesticidas, herbicidas, hormônios e antibióticos;
  • Beba água filtrada;
  • Evite o consumo de gordura trans, alimentos processados e refinados, sal, cafeína, carnes gordurosas e álcool;
  • Beba de 6 a 8 copos de água por dia;
  • Ingerir uma boa quantidade de fibras diariamente, como leguminosas, grãos integrais, frutas, vegetais, oleaginosas e sementes;
  • Ingerir vegatais crucíferos: agrião, brócolis, couve, couve-flor, nabo, repolho, rúcula;
  • Ingerir alho, chá verde, romã, limão, alcachofra, própolis, cúrcuma, alecrim, coentro;
  • Sempre que possível tomar suco de frutas e vegetais com cenoura, beterraba, coentro,  aipo,  salsa e gengibre;
  • Chás destoxificantes, como: gengibre, alcaçuz, canela.
Mas não se esqueça de que é mais fácil perder 2 quilos do que perder 10 quilos. Então aproveite enquando é cedo para mudar seu estilo de vida!

Nutrição na Obesidade Mórbida e Cirurgia Bariátrica

A obesidade é uma doença de origem multifatorial, ou seja, provindas de fatores ambientais, genéticos, comportamentais e hormonais. Muitas vezes ela pode estar associada a diabetes tipo 2, hipertensão, aterosclerose entre vários outros problemas, onde deve haver uma grande preocupação com seu tratamento.
A OMS classifica a obesidade baseando-se no Índice de Massa Corporal (IMC) e no risco de mortalidade associada. Assim, considera-se obesidade quando o IMC encontra-se acima de 30kg/m². Quanto à gravidade, a OMS define obesidade grau I quando o IMC situa-se entre 30 e 34,9 kg/m², obesidade grau II quando IMC está entre 35 e 39,9kg/m² e, por fim, obesidade grau III quando o IMC ultrapassa 40kg/m².
No Brasil, a obesidade encontra-se em alto índice, apresentando homens com média de  38% de sobrepeso e 7% obesos, já as mulheres a taxa de sobrepeso chegou a 39% e 12,4% para obesidade. Os tratamentos mais populares, com dieta, atividade física, mudança no estilo de vida sempre deverão ser a primeira alternativa, porém em indivíduos com classificação de obesidade grau III, esses tratamentos mostram resultados frustrantes.  A maioria dos pacientes não atingem ou mantém uma redução de 5-10% do peso corporal por mais de cinco anos.
A cirurgia bariátrica, aplicada para obesidade grau III, vem sendo estudada desde a década de 50 sendo até hoje testadas muitas técnicas, podendo ser divididas em restritivas, disabsortivas e mistas, cada uma com diferentes riscos, resultados e efeitos colaterais. Mesmo que a cirurgia bariátrica  seja considerada um dos tratamentos mais eficazes para indivíduos mórbidos, o seu efeito colateral é promover algum grau de desnutrição. Em razão dessa desnutrição, o estado geral do indivíduo e sua resposta ao tratamento poderá ser afetado. A perda de peso deve ser monitorada para que não desenvolva um risco nutricional, já que tratamentos dietoterápicos inadequados juntamente com hábitos alimentares rotineiros proporcionam pouca quantidade de  nutrientes básicos e essenciais.
Os objetivos em relação aos cuidados nutricionais no pré-operatório baseiam-se na minimização do risco cirúrgico e reeducação dos hábitos alimentares e estilo de vida, sendo este um processo de conscientização do indivíduo para que se obtenha um bom resultado no processo. No pré-operatório o indivíduo deve ser informado sobre os estágios dietéticos do pós-operatório, além de materiais didáticos para seu dia-a-dia e vários recomendações sobre uma possível suplementação de vitaminas e minerais.
Já no pós-operatório os cuidados nutricionais dobram a importância, pois é essencial a adequação de nutrientes e calorias. A alimentação ingerida neste período deve minimizar o fluxo, a saciedade e a síndrome de Dumping, maximizando a perda de peso e garantindo manutenção do mesmo.
A dieta pode passar por vários estágios:
  • Dieta líquida clara;
  • Dieta totalmente líquida;
  • Dieta pastosa;
  • Dieta branda;
  • E por fim a dieta normal.
Abaixo estão descritas algumas recomendações aos pacientes:
  • mastigar bem os alimentos;
  • restringir a ingestão de sucos calóricos;
  • evitar carboidratos, doces, gorduras, café, álcool, pipoca, carne vermelha seca;
  • controlar o tamanho das porções
  • realizar 5-6 refeições por dia;
  • fazer refeições balanceadas, saudáveis e variadas;
  • evitar a ingestão de líquidos junto às refeições;
  • mater boa hidratação;
  • encontrar alternativas para estresse e para fome emocional.
Não esqueça de procurar um profissional adequado antes de tomar qualquer decisão, como foi dito anteriormente,  métodos tradicionais devem ser os primeiros passos quando se fala em perda de peso.
Fonte:  ANutricionista.Com - Juliana Paula Bruch - CRN2 8899D - Nutricionista